Amosando publicacións coa etiqueta areia sonora. Amosar todas as publicacións
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14 outubro 2022

areia:sonora #045 (ruído vs silêncio)

O silêncio vive num quadro de Hopper,
O silêncio vive num quarto de hotel,
O silêncio rege quando pensas morrer...

Ruído, estrondo, balbordo, barulho, estrépito, confusão, caos, alboroto, barafunda, algaravia, barulhada, boureo, bulício, bulha, rebuliço, rebúmbio, retumbo, frémito, berro, brado, guerra!

Silêncio, ausência, pausa, calma, calada, silandeira, sossego, serenidade, silente, mudo, paz! (amnistia por favor...)

música:

half asleep. how quiet! | BY-NC-ND

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01 agosto 2022

areia:sonora #044 (poesia és tu)

Uma pluma uma vez havia,
cujo dono possuía o dom da poesia.
Ele escrevia versos noite e dia,
não parava nem tendo cagarria.

 

Que é a poesia?

Eu cria que não era pessoa muito de poesia,
porque pensava que era melindrosa e lambida.
Não eu, a poesia!

Mas isto foi mudando co tempo,
por vezes leio coisas que me tiram o alento,
mesmo sem estar escribidas com fino verso,
porque amigues, há-vos poesia de moitos jeitos.

música:

samuel l. parís. poeta | BY-NC

gravação da intro:

¿Qué es la poesía? "Frente a la pérdida del amor, la idea de la muerte." Palabras de Juan José Arreloa sobre el poema "H. O." de Jorge Luis Borges

 

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18 xullo 2022

areia:sonora #043 (palimpsestos)

queria-te contar muitas coisas, coisas que se me repitem na cabeça uma e outra vez; e cada vez que se repitem, algo muda: uma palavra, uma vírgula, uma oração enteira... até ficar só um resumo, só uma coisa...

música:

digits. love is only affection | BY-NC-SA

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04 xullo 2022

areia:sonora #042 (o sentido da vida)

o sentido da vida

o sentido da vida é um questionamento, de sempre, de seres humanos (e peixes); mas cumpre, primeiro de todo, ter clara a diferencia entre sentido e direção.

música:

grampoder. nacer, servir, morrer | BY-NC-SA.

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13 xuño 2022

o canto das dunas 001^verónica

o canto das dunas

este é o primeiro canto das dunas, um esgalho das areias:sonoras; um sitio retirado para conversar de esguelho, um refúgio apenas, um recanto calmo para parolices sossegadas e conversas amáveis com pessoas amigas, mas olha, pode haver tormentas de areia.

a primeira convidada é verónica; ela escreve cartas (ladaíñas atlánticas) e fai tortas de queijo e tiramisus; participou na areia:sonora #38

rss: https://feeds.feedburner.com/ocantodasdunas
boletim: https://ocantodasdunas.substack.com/

BY-NC-SA.

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25 abril 2022

areia:sonora #041 (ordem e progresso)

areia:sonora 041


toca pór ordem na vida, isso que levo tentando fazer desde que lembro e não dou feito nem a paus.
suponho que o aquel está em pór pequenos fitos e ir progressando aos poucos, sem pressão.

"agora mesmo sinto que estou como fora de fase e preciso ressincronizar"

música:

esposa. é o que hai | BY-NC-SA.

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06 abril 2022

areia:sonora #040 (agosto e desgosto)

areia:sonora 040

Doce anos, dois esgalhos e sentimentos esganados; o treze não vai chegar, não igual.

"este agosto, aprendi que há canções do passado que me falavam do futuro e não sabia."

música:

lizzard kisses. close | BY-SA.

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24 xullo 2021

areia:sonora #039 (erros e tantos)


Os erros são de efeito retardado.

Talvez por ter a mesma origem que a palavra errante, os resultados duma ação não se sabe se são erros ou acertos até depois duma viagem ventureira no tempo. Mesmo pode mudar o resultado, que parecia definitivo, quando uma contrarreação altera o ecossitema no que a ação foi deitada.

"Somos errantes e erramos pelo mundo adiante."

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música:

candy says. lord's mistake | BY-SA.

23 abril 2021

areia:sonora #038 (memória de cor)

areia:sonora #038 (memória de cor)

Quando eu era moço cria que a memória era herdável. Que tudo o que aprendemos até o momento de passarmo-lo á nossa descendência se transmite nos genes.

A memória é, dalgum jeito, como um .jpg que cada vez que se abre e se volve guardar vai perdendo informação e gerando artefatos estranhos.

"A fraxilidade da memoria é unha casa que vai quedando sen mobles, ás veces como costume, un despiste constante; ás veces por forza, porque escolles enterrar algúns recordos ou un trauma xa o fai por ti; outras, só é o tempo e a perda de capacidades cognitivas."
verónica do rexo, ladaíña atlántica #14 | de cando as memorias se apagan.

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música:
fanny e alexander. cando eu era mozo | BY-NC-SA.

09 marzo 2021

areia:sonora #037 (fama e lenha verde)


"Êxito, sucesso, isso que coisa é? Quem é que põe a vara de medir?

Diziamos ontem: "A fama dura duas horas apenas..."

Quando era rapaz queria ser muitas cousas e não cheguei ser nada mas, dalgum jeito, fum todo.

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música:

las buenas noches. mañana | BY-NC-SA.

agradecimentos: castañas no verán + malvada profe.

12 febreiro 2021

areia:sonora #036 (asmr a peidos)

O ASMR relaxa; os peidos fazem rir, rir relaxa; asmr + peidos: win win.

"Rosalía de Castro e a súa obra literaria a peidos", "Unha cita co aire a peidos", "A Mennulara a peidos", "Hamlet a peidos", "Cadeas a peidos", "Fábrica Íntima a peidos"...

Inspirado numa fantasia do @bertez.

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música:

tracky birthday. cheeseburglar ©+.

19 xaneiro 2021

areia:sonora #035 (a morte é muda)

 

A morte é o não ser, nem estar. Nada, ninguém, nenhures. A morte é silêncio absoluto. [...] A morte é muda como o "h".

Uma procissão de prantos enjeridos, detem-se, fai-se um silêncio que escacha co rascar do fundo do caixão contra o chão do nicho e estouram os berros e laidos e saloucos todos; liberados.

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música:

erik satie. gymnopédie n.º 1 (fragmento) CC-BY
kine hjeldnes. let it die CC-BY-NC
robin mitchell. when I'm gone CC-BY-NC-ND

06 xaneiro 2021

areia:sonora #034 (vozes amigas)


 In memoriam: Pablo Alejos

As amizades são pontes mas também são caminhos, carreiros que não chega com abri-los, há que seguir transitando por eles para que não volvam medrar as ervas outra vez e os comam e pechem.

Estas são vozes amigas... para vocês, amigas.

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música:

the franks. my friends CC-BY-NC.
uncle owen aunt beru. my dearest friend CC-BY-NC.

20 decembro 2020

areia:sonora #033 (falas e fobias)


- Pau que che pesa?
- Uma audiomensagem!
- Pois aguenta no "falas e fobias" que che vou buscar a audiomensagem...

Quem tem medo do sotaque do Norte?

Há quem tenha horror aos sotaques diferentes. Há até uma palavra para designar esse medo irracional...

As línguas, falas, etc, son todas fermosas e porque a gente não o sabe, vou-vos contar o porquê.

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música:

elisabeth schumann (soprano), gerald moore (piano). sandmännchen CC-BY (?).
rupert falsch. generikum CC-BY-NC-ND. johannes brahms. sandmännchen CC0.

06 decembro 2020

areia:sonora #032 (parques e próteses)

areia:sonora#032

Monte, bosque, fraga, floresta, parque, sucedâneo, prótese...

Cada parque é uma prótese que substitui um bosque estragado.

Ainda lembro baixar do monte, acima do estrume, em riba do carro de bois do meu avô. Ainda escuto o arruído do ranger do eixo a girar.
"Arruído" é uma prótese também.

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música:

emerald park. rules don't apply (CC-BY-NC-SA)

23 novembro 2020

areia:sonora #031 (por quê?)


Pois para dar de comer a essa cobiça interior de querer também ser e não só estar.

Há que ir ponhendo já um mantra, que vem aí o frio…

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músicas:

tiago sousa. a espera CC-BY-NC-ND
celebration. don’t stop dreaming CC-BY-NC-SA

18 maio 2009

areia sonora 2.1 (silêncio, janelas e fuga)

silêncio, janelas e fuga 

 quando tu escutes isto eu já não hei estar aqui.
depois de tanto silêncio, qualquer coisa que diga vá parecer um berro em comparação.
às vezes suspeito que o tempo é ao espaço o que a energia é à materia.
uma decisão tipo arroutada é levar as bridas da vida, e isso é bom.

e mais leitura de: en territorio inimigo, colhido do livro plan de fuga, de alberto lema (estaleiro editora).

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música: chapi chapo & les petites musiques de pluie. bourgeon tardif
(background); thiaz itch. the gardener's lament.

13 xullo 2008

areia sonora 2.0 (crise)

noutronte foi o meu aniversário e se calhar, também, começou a fim do mundo; não deste mundo, nem do meu mundo, nem de nenhum mundo em concreto; há coisas que chegam assim, de vagar, sem aviso, sem vê-lo chegar... outras, por contra, chegam súbitas, como um estralo; por vezes, a velocidade é só coisa do observador.

imagino a soledade sentado diante do televisor, comendo sopa, aos poucos... ou esperando no sofá desmazelado, ou estropiado, que diria minha mãe; saltando de canal em canal, sem apenas parar, numa cadeia sem fim, até tarde, até muito tarde, sem querer ir dormir, tentando adiar o dia seguinte. estou em crise.

crise s. f. momento perigoso ou decisivo, situação difícil; alteração para melhor ou para pior no curso de uma doença. mais decisivo que perigoso; tempo de mudanças uma outra vez.

estes dias fez três anos desde que retornei à terrinha, o saldo é positivo mas compre finar o mundo e fazer um novo, recompor esta morada, recomeçar esta vida de caos sem fim; mete-lo tudo em caixas, ajeita-las como no tetris (tetris! tetris! tetris!) e ir borrando etapas.

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músicas: (background) dergar. summer; azevedo silva. à deriva

actualização: desviei o rss do podcast cara feedburner, deste jeito, se alguma vez mudo a hospedagem para os episódios não tereis que andar vós a mudar nada; por tanto, se quereis agregar as areias sonoras aos vossos favoritos eis o novo rss: https://feeds.feedburner.com/areiassonoras. também, se vos praz, podeis ir votar por ele no European Podcast-Award, ou por outros podcasteiros galegos que bem o merecem e também são candidatos. vota por eles!!

05 febreiro 2008

areia sonora 1.9 (quatro anos não é nada)

tinha escritas duas folhas enteiras resumindo estes quatro anos de presencia na rede com sítio próprio, porem era tão aborrido.... num princípio foi ictioscópio (o caderno do ictioscópio antes de registar o dominio), faz agora quatro anos; depois, grelou e esgaçou em home de area (em blogs.ya.com) e daí saiu outro esgalho: fabuloseando!!, de onde saíram os falangulhos, podfabs! o primeiro; e de homedareia (já em blogger.com) nasceu a vida carvão, e as areias sonoras (outro falangulho); e então, enlearon-me para fazer podgalego.org; e depois cansei de podfabs! e gomou c'mmons baby!, e assim é que está a coisa hoje...

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música: sonekka. falando sozinho
e de agasalho/presente de aniversário, uma escolma de vida carvão em .pdf (7.65 Mb) aquí.

03 xaneiro 2008

areia sonora 1.8 (desenhando circunferências)

não existe o princípio e a fim, a não ser como convenção imaginada pelo ser humano para tentar compreender a existência reduzindo-a ao seu tamanho, à sua escala. e o homem não entende que o mundo, o universo tudo, possa estar em nenhures e algures a um tempo; talvez a resposta esteja em que não está, senão que é. feliz 2008, ano da anha surda.

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coa colaboração especial de zimmer103.
 
música: anímic. el desembre congelat.
 
aproveito esta areia sonora para dar aviso de que o podgalego reagiu co aninovo; e mais também que em novembro encetei outro falangulho no que falo de músicas sob licenças copyleft, o c'mmons baby!.