afora o vento venta. como são os franceses que para dizer oitenta dizem quatro vezes vinte.
afora o vento venta forte do norte, e o cão, debaixo da cama, venta tronada.
mociñas d'alá de'rriba con que peinades o pelo?passou o são joão, passou o são pedro; e d'aquí a nada um ano máis velho.
cunha herba que hai no monte que se chama tromentelo.
música: Quant. Pois eu (Andrés do Barro cover).
hoje traio un feixe de palavras...música: nouvelle cuisine. pandeirada. (Andrés do Barro cover)
alá atrás perguntaram-me e neguei, se mo perguntassem agora, não poderia nega-lo;
ou galinha, ou galo, ou galinha...
os seus olhos, grandes e brilhantes coma um televisor, miravam mais ca eram mirados...
Em Aldão hai uma ermida
no bairro do Menduinha
a ermida é do são Amaro
e mais da santa Marinha...
disclaimer: michelle shocked gosta de guardar e defender muito os seus dereitos como criadora, de feito no seu álbum deep natural, num dos cd's, escreveu: I never said it was cool to burn one for your buddy; mas ás vezes deixa presentes livres para os seus fãs.
gostas-me quando te pões francesa...
gostas-me quando te pões alemã...
gostas-me quando te pões eslava..
gostas-me quando te pões asiática...
gostas-me quando te pões africano-profunda...
gostas-me quando te pões ianque...
gostas-me quando te pões galega...
gostas-me quando te pões inexistente, porque posso imaginarte ao meu jeito...
sons: nada. vício. hora muerta. mona moore.música: stellysee. leichte liebe + this mess is mine. some birds sing like spring is coming through my window + the scottish enlightenment. eyes.
há um passaro por trás da janela que canta que canta cada noite. há uma lua redonda no teito da terra fitando os meus sonhos. há um mistério calado rilhando-me os boches e cumpre que luite. há uma mulher deitada na cama sonhando com homens.começar ou tentar a ponte desde a minha ilha se o continente não quer essa união é trabalho valeiro. se calhar, levo tempo de mais sendo ilha e não sei ser península. música: half asleep. microwave + morning dust soon.
é por causa do movemento de sístole-diástole das ondas que escavichan por debaixo dos seus pes, afundíndoa, alí parada, que lembrou aquilo que el lle dixo tres anos atrás: “non é certo o que din, que deus fixo ao home de barro, non. deus usou area movediza, é por iso que temos a teima de afundirnos a nós mesmos, e se podemos e nos deixan, arrastar no afundimento aos que nos arrodean.” alí perto, dous cativos axudan no labor de lembrar; eles, coma deuses sarillos, fabrican un corpo de area mollada para a cabeza do seu pai, que ri abrindo fendas na codia do seu peito co ir e vir dos seus pulmóns. o día esmorece, o sol agocha o seu bandullo tralo morro de monte que coita a praia no seu lado occidental. as sombras dos corpos medran no chan e as cristas das ondas tínguense de ouro. a súa irmá e o seu cuñado sacoden a area das toallas, pregan o parasol e recollen os bolsos e a roupa.
- imos indo para o coche, que xa vai refrescando.mentres eles soben cara ao aparcadoiro, e baten nos pes para tira-la area, ela senta fóra da toalla, enterra as mans e os pes e fita a raia do horizonte, no punto onde os dous azuis se xuntan nun só. os cativos co pai de area fican agora á súa esquerda, e o sol, case durmido, á súa dereita. pensa que tres anos sen saber de alguén son moitos para non existir unha parede de odio. cando pasou todo aínda mantiveron contacto tres ou catro meses. el deixou de chamar e escribir, e ela non quería facelo por medo aos malos entendementos. soundtrack: 20 years of snow. regina spektor.
- eu fico un anaco máis- di.
- e logo, despois, como sobes?
- andando amodiño.
- como queiras; se non, chamas, e baixa Manuel co coche, vale?
- non, xa vou indo eu aos pouquiños.